Uma pesquisa feita por uma
concessionária de rodovias demonstra que um em cada seis caminhoneiros tem
risco maior de sofrer acidentes por causa do sono.
A Triângulo do
Sol realizou um questionário, baseado na escala de sonolência de Epworth, e
constatou que 17% dos caminhoneiros participantes apresentaram 70% de risco
maior de envolvimento em acidentes automobilísticos por causa do sono.
A escala de
Epworth é uma avaliação subjetiva da sonolência diurna e não está diretamente
relacionada à quantidade de horas que o motorista dorme por dia, mas à
facilidade que ele tem em adormecer enquanto lê, sentado, assistindo televisão,
como passageiro de um carro em viagem, conversa com alguém, em reunião, entre
outras.
O médico
neurologista Dario Baldo Júnior explica que a pessoa que dorme pouco perde os
reflexos e dirigir nessas condições é um perigo. “Ele fica com o corpo e a
mentes cansados. Se você pega uma estrada com poucas curvas e pouca atividade
em trocas de marcha, então acaba tendo sonolência durante o dia e cochilo
também.
Para os
caminhoneiros, lugar de dormir é na cabine e com o veículo parado. “Descansa.
Não é confortável como a cama, mas é a vida do motorista”, disse o caminhoeiro
Marcos de Lima.
O problema é
quando não há tempo para dormir, o que aconteceu com o caminhoneiro Ivan Maciel
há dois dias. Ele admite que já pegou estrada com sono muitas vezes. “As vezes
você dá aquela cochiladinha e quando vê está entrando em uma traseira”, disse.
Ao sentir
sono, o ideal é parar o caminhão e descansar. “A hora que for, dependendo do
lugar que você estiver, a empresa exige que você pare e descanse”, disse o
caminhoneiro José Donizetti Marquez.
Dormir oito
horas por noite é uma condição mínima para o descanso de 80% das pessoas. O
sono ideal divide-se em quatro a seis ciclos, de uma hora e meia cada um. Em
cada ciclo, alternam-se as fases rem, quando ocorrem os sonhos, e as fases não
rem, que se subdividem em leve, intermediária e profunda.
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